O episódio do Conversa com Bial desta quinta-feira (30) mergulhou no universo do cinema brasileiro e abordou os impactos da fama precoce entre os jovens. O programa recebeu as atrizes Klara Castanho e Karine Teles, além da diretora Susanna Lira, que falaram sobre o filme Salve Rosa — vencedor de três prêmios no Festival de Cinema do Rio.
O longa retrata a vida de uma menina de 13 anos que, sob o controle da mãe superprotetora, tem sua intimidade exposta ao ser transformada em uma influenciadora digital. A trama levanta reflexões sobre os limites da exposição infantil nas redes sociais. Klara Castanho avaliou as diferenças entre sua trajetória e a realidade de muitos jovens hoje. “Sou a última geração que não teve acesso desde o início da vida às redes sociais. Nunca tive uma exposição exacerbada de vida, de como funcionava a dinâmica da minha casa, como era minha família. […] Nas redes, é a extensão do meu trabalho”, afirmou.
A atriz também comentou sobre o impacto emocional da fama instantânea. “Quando você é ator, artista, você busca o seu reconhecimento, mas é um processo. Quando você, de repente, viraliza, quando seu vídeo tem milhares de likes, ninguém te prepara para aquilo. É muito difícil você entender o que é sucesso e administrar esse sucesso”, completou.
Klara Castanho relembrou seu papel como Rafaela, em Viver a Vida (2009), novela de Manoel Carlos na Globo. A personagem, inicialmente rotulada como vilã mirim, passou por uma transformação ao longo da trama. “Lembro de ser avisada que as coisas iriam mudar na história. Desvilanizou, virei só uma criança malcriada”, disse.
Pedro Bial elogiou a trajetória de Klara Castanho e destacou a dificuldade de manter a carreira ao sair da infância. “Uma das coisas mais difíceis de criança prodígio é crescer e continuar atuando. São raros os casos em que isso acontece, e você é uma exceção maravilhosa”, declarou o apresentador.
